segunda-feira, 22 de outubro de 2012

Projeto Click&Teclas




A luz da esperança.
E quando a realidade se mostra o que fazemos? O que fazemos quando tudo não passou de uma ilusão? Resta-nos a esperança. Talvez a tal luz no fim do túnel seja aquela vela guardada em um lugar estratégico na casa, onde e quando a luz elétrica se apaga inesperadamente, recorremos a ela, do mesmo modo quando enxergamos a realidade das coisas e salta-nos a esperança de que dias melhores virão. Dias melhores com luz elétrica para desfrutarmos de seus prazeres e luxos. Dias melhores com luz do sol, sem a escuridão bucólica da noite. Luz dos olhos brilhantes de alguém, que em determinado momento poderá, repentinamente, apagar a vela, com um sopro sutil, e deitar-se ao nosso lado na cama. Dias de sorrisos infantis, colorindo, abrindo espaço, chegando displicentemente, como o dia mais florido de primavera e o mais quente de verão. Quando nos é apresentada a tal realidade, que nos sussurra palavras cruéis, ao pé do ouvido, que tem gosto de fel, resta-nos, felizmente - e aí é uma questão de fé e de esperança - pegarmos uma vela e acendermos, esperando os dias melhores que com certeza virão.


Texto: Matheus Bandeira

Foto: Glênio Freitas Jr.

domingo, 21 de outubro de 2012

Projeto Clicks &Teclas



Uma mentira silenciosa.

O silêncio é uma coisa sem som que não existe. O silêncio é uma mentira. Não existe. Nem mesmo em plena solidão de um terrível agosto o silêncio será encontrado. Só ou acompanhado, qualquer som será emitido por qualquer coisa que seja. Poderá ser algo que passa na rua, um cachorro latindo ao longe, o vento soprando, alguma risada abafada pela distância ou até mesmo o som da solidão, que se traduz pela insistente mania que temos de respirar. Mesmo na solidão, estando em silêncio, nunca estamos em um total estado silencioso. Mexer-se faz barulho. Coçar-se faz barulho. Obviamente que nada se compara o som calmo de uma tarde na praia, escutando, apenas, as ondas e algumas gaivotas, ao frenético barulho de buzinas histéricas, motores gaguejando e pessoas gritando em uma rua dessas do centro da cidade. Mas, daí, parto do princípio que o silêncio é confundido com o descanso dos ouvidos exaustos. Nossos ouvidos não servem como lixeira para tanto material sonoro não reciclável  que tem por aí. Também não servem para não serem usados. Talvez, poderão ou podem ser utilizados com as bebidas alcoólicas: com moderação. Mas a verdade é que mesmo sós, mesmo no aconchego do quarto e sozinhos, mesmo distante da bagunça auditiva, o silêncio não existe. Suponhamos, então, que ele exista, ou seja, significa dizer que nossos pensamentos, preocupações, ansiedades, enfim, tudo isso é silencioso dentro de nós? O silêncio foi inventado, logo, uma falsa ideia sobre estar em paz.


Texto: Matheus Bandeira

segunda-feira, 15 de outubro de 2012




E eu: me conheço?

E eu? Tenho a tendência natural de analisar os outros pelos seus traços mais expostos de expressões ou de personalidade, mas e eu? Não costumo me analisar. Talvez eu fuja de um possível encontro de mim comigo mesmo e, quem sabe, me conhecer não seja tão bom assim quanto parece ser. O conhecimento pessoal transcende qualquer coisa, busca os pontos mais obscuros e traduz em saber o que está escondido à sete chaves o que, inconscientemente, escondemos. Conhecer-se é dar a luz aos nossos olhos daltônicos, é atravessar um bosque cheio de dúvidas cruéis a respeito de si e do mundo. E, acreditem, isto é muito mais profundo. Requer uma meditação trabalhosa, vagarosa e pode ser que o resultado não seja satisfatório. Saber se enxergar é muito mais do que se ver. É a possibilidade de ter o conhecimento dos seus pensamentos mais insanos, sórdidos e loucos e das suas ações mais inesperadas, que, no momento do autoconhecimento, não se tornam mais tão inesperadas assim. Saber, conhecer os outros é fácil. Partimos do momento em que aquela pessoa apresenta o resultado da ação, então, de certa forma, fica fácil raciocinarmos, julgarmos quando temos uma fórmula pronta. É como um cálculo de matemática com o resultado. Entretanto, conhecer-se transcende qualquer fórmula, qualquer processo imaturo. Saber quem você é ou quem deixou de ser é a complexidade resumida. É um resultado inesperado de ações tuas. Poderás te sentir um idiota depois de saber quem você é. Porém, poderás te sentir extremamente feliz e, quem sabe, um rei ou uma rainha. Poucos são os que se deixam conhecer-se. Talvez para não haver qualquer decepção. Os que conseguem merecem aplausos. Mas, e eu?

Texto: Matheus Bandeira


Projeto Clicks&Teclas

 Duas vezes por semana, segundas e quintas - feiras, estaremos apresentando a dobradinha IMAGEM X TEXTO, como avisado anteriormente. Reiteramos o convite para visitarem nossos trabalhos em nossas páginas, nossos blogs e etc. Confira!!! 

quarta-feira, 10 de outubro de 2012




Mulher sem ser frágil.

A arte da conquista: as mulheres dominam. As mulheres sabem como tratar um homem, sabem ser elegantes, sabem dizer o que querem, sem nem mover os lábios. As mulheres são inteligentes, tendenciosas às belezas românticas, dignas de admiração. Salvo alguns casos, mas, em geral, as mulheres sabem conquistar, a maneira como conquistar. A mulher, comparando, talvez, esdruxulamente, é o dia de calor, enquanto o homem é, somente, o mar. Sem o calor do dia, o mar não é nada senão o mar, com algumas razões para existir, mas sem emoções profundas. A mulher olha com mais atenção, cuida com mais zelo, ama mais intensamente, faz amor com amor. Alguns podem chamar-me de feminista, mas não é esta a intenção. Até mesmo porque não existe o homem sem a mulher e nem a mulher sem o homem, tendo como parâmetros as relações heterossexuais. Não existe um sem o outro, pelo simples fato de não conseguirmos sobreviver sem a pura graça delicada e irracional do amor. E nisto, meus amigos, as mulheres são profissionais. As mulheres são sensatas nas horas inesperadas, sentimentais quase sempre e isto não é defeito, pelo contrário, a honestidade é admirável. As mulheres sabem traduzir seus desejos em suspiros, gritos, sussurros e gemidos. Sabem traduzir suas raivas em gritos, lágrimas, palavras e amores avessos. Sabem traduzir a paixão em olhares perdidos, em sorrisos alegres, em elegância aflorada, em simples cantorias pelo dia, mesmo que seja de chuva. Também traduzem como ninguém as dores, sejam elas de perda, de desilusões, de amores não correspondidos, de coisas que as machuquem. As mulheres são verdadeiras. Sempre serão. E, sem dúvida nenhuma, não são o sexo frágil. Basta termos ciência de que na conquista, a mulher é professora. Serve tal argumentação? Sim. Enquanto os homens pensam em conquistar, as mulheres agem delicadamente. Elas possuem a sensualidade no olhar, na voz, em como se portar. Sabem fazer o que tiver de ser feito na hora exata. Sabem ser sexy sem ser vulgares. Sabem ser contidas, sem ser bucólicas. Sabem ser mulheres sem ser frágeis demais. As mulheres fazem o que querem com os homens e isto é fato. A arte da conquista: as mulheres dominam.

Texto: Matheus Bandeira



Projeto Clicks&Teclas

Os que visitam minha página no Flickr, ou minha página no Facebook, ou ainda o meu Blog Randon Life, já sabem o quanto gosto de fotografias, em especial as casuais. Mas eu sempre acreditei que uma foto merece um bom texto que lhe dê consistência, ou ainda, lhe justifique a existência!
Pensando nisso e, em conversa com meu grande amigo Matheus Bandeira*, pessoa que é dona de uma capacidade intelectual de causar inveja e que tem completo domínio sobre a habilidade de conectar palavras e ideias produzindo textos maravilhosos, foi que ousei provocá-lo lançando um desafio.
Desafiei-o a produzir textos a partir de imagens por mim escolhidas. Sim, imagens aleatórias, pinçadas dentre as imagens que colho no meu dia a dia.
E não é que ele aceitou? Aceitou e de fato produziu textos de grande qualidade como lhe é típico.
Desta brincadeira surgiu então o Projeto Clicks&Teclas, projeto este ao qual nos dedicaremos pelas próximas semanas. Até onde? Até quando? Não sei, e nem importa!!!
O que importa é que, com larga vantagem para a minha pessoa, pois colher imagens é muito mais simples do que produzir belos textos como os do Matheus, estaremos produzindo, duas vezes por semana, a dobradinha Imagem x Texto.
As imagens e os textos delas decorrentes serão postados, na proporção de duas por semana tanto nos espaços que eu utilizo (Facebook, Flikr e Blog) quanto nos espaços em que o Matheus, o artista principal e detentor dos méritos do projeto, utiliza para se expressar (Facebook e Blog).
Esperamos que vocês gostem, pois para nós está sendo muito divertido executar este projeto. Assim, convidamos vocês a visitarem um dos espaços indicados e deixarem a sua impressão sobre o material produzido.
Os comentários serão muito bem vindos e nos impulsionarão a seguir em frente.



* Matheus Bandeira:

** Glênio Freitas Jr.: